A taxa Selic aumentou meio ponto percentual este mês, chegando a 13,25%, e o Comitê de Política Monetária (Copom) estima que poderá chegar a 13,75% no mês de agosto. Um dos setores diretamente influenciados pela alta da Selic é o da construção civil, um dos mais importantes no cenário econômico. Quem tem financiamento imobiliário percebe este impacto.
Com alta na inflação há uma expectativa de que a Selic permaneça elevada, e assim crie um desestímulo no setor da construção civil. Além disso, conforme o economista, há ainda a guerra entre Rússia e Ucrânia e no Brasil o aumento no preço do diesel, que afeta diversos setores, além de uma eleição neste segundo semestre que deve trazer cenário de instabilidade política e econômica.
"Tivemos patamar da Selic de 2% durante a pandemia, mas com a retomada da economia, e todas estas questões que deixam o cenário com incertezas vai se criando o processo inflacionário e o Copom vai se protegendo via taxa Selic", diz o economista Moura.
Então, é melhor comprar um imóvel ou esperar? O professor da Feevale avalia duas situações:
"Se não tenho pressa, devo esperar um momento melhor, avaliar com calma e deixar a taxa Selic cair. Mas para quem tem pressa, o melhor é pesquisar bem antes, avaliar taxas de juros dos bancos e usar o Fundo de Garantia para abater prestações. Quem tiver recursos deve utilizá-los e tentar ter reserva para caso de subir valor da prestação."