Mesmo aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a aquisição do Grupo BIG Brasil pelo Grupo Carrefour Brasil - por cerca de R$7,5 bilhões (US$1,3 bilhão) - gera preocupação em relação à situação do negócio em algumas cidades brasileiras. Entre elas, as gaúchas Gravataí, Viamão e Santa Maria, além de Recife, Olinda e Juazeiro do Norte.
A superintendência-geral do Cade, então, recomenda que o negócio seja aprovado mediante a venda de unidades nestes locais.
O Cade tem até 240 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, para concluir a análise do negócio - prazo que começou a ser contado em julho passado. No total, está prevista a compra de 388 lojas. São 63 unidades da marca Maxxi, 43 da rede Sam’s Club, 86 da rede Big, 45 da Super Bompreço, 54 da Nacional e 97 da TodoDia.
Conforme a Cade, as empresas envolvidas no negocio são concorrentes em três mercados: comércio varejista de autosservico (envolvendo Supermercado, Hipermercado, Atacarejos e Clubes de Compras); atacado de distribuição de produtos primordialmente alimentícios e outros bens; e revenda de combustíveis no varejo. Apesar disso, a Superintendência diz que o ato não tem potencial de gerar preocupações concorrenciais, e negociou com as partes um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) por meio do qual estão "previstos remédios estruturais e comportamentais."