"Em 2021, queremos estar de volta ao Enart, nem que seja só com um casal. Mas um CTG com 35 anos de existência, e de uma importância comunitária como o Chaleira Preta sempre teve, não pode estar afastado por tanto tempo".
A última participação do CTG no mais reconhecido evento do tradicionalismo gaúcho foi em 2015. Desde então, a instituição, que ocupa uma área invejável de campo e galpões em plena Morada do Vale I começou a se deteriorar. É só chegar na área e perceber o grande galpão, de 700 metros quadrados, sem o telhado, as paredes, com a fiação toda furtada e, em um canto, parte dos três mil troféus que ficaram esquecidos por muito tempo.
De acordo com o Joelci, que assumiu o CTG em janeiro, boa parte dos materiais para recuperar o espaço que é símbolo de qualquer entidade tradicionalista já foi conseguido. O problema está na mão de obra e nas telhas. Serão necessários pelo menos R$ 50 mil para reerguer aquele espaço. Joelci conta com a mobilização da comunidade e pretende, nos próximos meses, regularizar a situação fiscal do Chaleira Preta para que possam pleitear recursos em projetos sociais.
"Hoje, a nossa renda é limitada aos R$ 20 de contribuição mensal dos nossos 60 sócios e o que arrecadamos com jantas e outros pequenos eventos aqui no espaço do CTG", aponta o patrão.
Verba que teve destino para botar a casa em ordem. Desde o começo do ano, já foram pagos, segundo Joelci, mais de R$ 4 mil em impostos e dívidas antigas. No mês passado, outros R$ 750.
E se o tablado, todo em madeira de jatobá, com 8x15m ainda não parece estar perto de voltar a ressoar a batida firme das botas e esporas, na última Semana Farroupilha, o CTG Chaleira Preta deu mostras de que está vivo, só precisa de uma forcinha. Em apenas um dia do Acampamento Farroupilha, organizado dentro da área do CTG, mais de mil crianças estiveram ali. Todas estudantes de Gravataí.
Como ajudar
Para colaborar com recursos ou materiais para a recuperação do CTG Chaleira Preta, é possível fazer contato com Joelci Guimarães pelo 980184307.