Novas regras de privacidade determinadas pela legislação europeia afetam também usários brasileiros, já que empresas mudaram política de privacidade
A GDPR se aplica a qualquer tratamento de dados de residentes na União Europeia, mesmo no caso de empresas sediadas em outros países (como a americana Apple ou a sul-coreana Samsung). Isso inclui as corporações que oferecem bens e serviços para a região ou monitoram comportamento de seus cidadãos.
A nova regulação pode afetar empresas brasileiras que oferecem serviços ou tratam dados de cidadãos que residem na União Europeia, incluindo contratadas por outras que participem de alguma etapa de processos de tratamento de informações de residentes no bloco. Para o tratamento de dados é necessário obter consentimento do titular, em um pedido que deve ser apresentado de forma clara e acessível, garantindo também o direito ao usuário de revogá-lo. A norma estabelece uma série de direitos aos cidadãos, entre eles acessar as informações que uma empresa tenha, corrigi-las e negar que elas sejam objeto de tratamento.
Por precaução, evite digitar informações pessoais ou dados de segurança nos avisos
A regulação alcança usuários brasileiros por meio de um efeito cascata. Diversos serviços e aplicações atualizaram suas políticas de privacidade para entrar em conformidade com as exigências da norma. Este é o aviso que muitos usuários estão vendo no celular ou ao entrar em sites. Nem sempre o aviso é lançado pelo administrador do site. Ele pode ser lançado também pelos sistemas de distribuição de anúncios, que são "terceirizados" dentro das páginas da Internet.
Muitos usuários assumiram que os avisos são vírus. Não é o caso. Porém, é preciso ficar atento. Também houve criminosos que se aproveitaram dos avisos e disfarçaram armadilhas como se fossem os comunicados. Na dúvida, não clique. Em hipótese alguma digite dados pessoais como e-mail, telefone de contato, números de documento ou, obviamente, informações bancárias. Tenha cuidado também com solicitações de senha.